Rota Botânica

Município de Castanheira de Pera

Azevinho

Illex aquifolium

O azevinho é também conhecido por árvore-sagrada, espinho-de-cristo, visqueiro ou zebro.

Cresce na Europa, Ásia Central e Ocidental, Norte de África, Portugal Continental e Madeira. No Continente é mais comum ser encontrado em bosques a Norte, até 2000 m de altitude.

Planta de crescimento muito lento, pode viver até aos 300 anos. É um arbusto ou árvore de folha persistente que pode atingir 10 m de altura, apresenta casca lisa e lenho duro, muito apreciado pelos marceneiros. É muito resistente ao frio.  As folhas são verde-escuras, brilhantes, cerosas e orladas de espinhos, apresenta cachos de flores brancas entre maio-junho e bagas vermelhas a partir de setembro-outubro. É uma espécie dioica (plantas masculinas e femininas em árvores distintas).

As folhas verdes ou secas podem usar-se em infusão para combater dores reumáticas; têm efeito diurético, ajudam a combater bronquites crónicas e baixam a febre. As bagas são tóxicas e induzem o vómito, sendo utilizadas por vezes como purgante. Cerca de 5 bagas já poderão causar convulsões.

As diferentes variedades de azevinho são cultivadas como plantas ornamentais.

Desde o início de dezembro de 1989 que o azevinho espontâneo se encontra protegido por lei em Portugal (Decreto-Lei n.º 423/89, de 4 de dezembro). Na época de Natal, aumenta a procura de azevinhos com baga vermelha (fêmea), o que dificulta a reprodução, justificando-se assim os cuidados especiais na sua preservação. O uso tradicional de azevinho na época natalícia está associado a rituais pagãos de celebração do solstício de inverno realizados na Europa do Norte e também aos Romanos que já o utilizavam no festival “Saturnália”, que decorria entre 17 e 23 de dezembro. Nessa época, as pessoas trocavam entre si ramos de azevinho como símbolo de saúde e felicidade. Acreditava-se que o azevinho começou por crescer nos lugares onde Cristo teria caminhado. Os picos das folhas e as bagas vermelhas da cor do sangue, representam o Seu sofrimento. Era sagrado para os Druidas que o utilizavam na decoração das suas casas e cabanas durante o inverno para atraírem os bons espíritos. Era uma das sete árvores sagradas dos Irlandeses, sendo o seu corte e abate por eles proibido.

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