Rota Botânica

Município de Castanheira de Pera

Liquidâmbar

Liquidambar styraciflua

Nativa de áreas temperadas do leste da América do Norte e de regiões tropicais montanhosas do México e América Central.

É uma árvore de silhueta oval, de folha caduca, muito plantada nos jardins públicos pela beleza da cor da sua folhagem no outono; as árvores jovens apresentam copas cónicas e altas, enquanto as árvores maduras apresentam copas arredondadas e extensas. O tronco tem a casca castanho-avermelhada e levemente rachada a escamosa, mais tarde castanho-acinzentada e um pouco enrugada. O crescimento inicial é lento, sendo mais rápido depois dos 3 anos. A altura vai dos 15 aos 45 metros e pode chegar aos 400 anos de idade.

As folhas têm forma de estrela com três a sete lóbulos longos e serrilhados, com pecíolos longos, de cor verde-escuro, lisas e brilhantes, ficando com diferentes tonalidades de verde-claro, amarelo, laranja e vermelho no outono, muitas vezes de forma simultânea. É monoica, apresentando no mesmo caule flores masculinas e femininas. Na primavera surgem as inflorescências de cor verde.

Os frutos são cápsulas globosas, castanhas, recobertas por espinhos e lenhosas quando maduras.  A sua madeira é de boa qualidade, com densidade e textura média, cor escura e fácil de ser trabalhada.

Deve ser cultivado sob sol pleno, preferencialmente em solos arenoargilosos, neutros, húmidos, mas com boa drenagem, para um pleno desenvolvimento radicular; pode, no entanto, vegetar noutros tipos de solo. A necessidade hídrica da planta é alta e é importante irrigar nos primeiros anos após o plantio; depois de bem estabelecida é capaz de tolerar curtos períodos de estiagem. Resiste ao frio intenso, neves e geadas. Multiplica-se por alporques e por sementes.

A seiva concentrada é uma goma balsâmica e perfumada, utilizada na produção de perfumes, medicamentos e produtos de higiene. A sua resina pode ser usada no fabrico de pastilhas elásticas e a madeira usa-se no fabrico de móveis, caixotes.

As propriedades medicinais são atribuídas aos compostos de ácido cinâmico e chiquímico; usa-se em forma de xaropes no tratamento da disenteria, tosse e expetoração. Para uso externo, é usada no tratamento de problemas de pele (sarna, feridas e úlceras).

O nome do gênero desta planta, Liquidambar, foi dado pela primeira vez por Lineu em 1753 e significa “âmbar líquido”; é a junção da palavra latim liquidus (líquido) com a palavra árabe âmbar, em alusão ao suco ou goma terebíntica perfumada que exala da árvore.

O Liquidambar styraciflua é também conhecido por liquidâmbar americano onde era muito apreciado para fins medicinais pelos índios da América do Norte e Maias da América Central. O Liquidambar orientallis é originário do sudoeste da Turquia.

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